Balada de um Palhaço, datada de 1986, foi idealizada por Plínio Marcos quando ele se encontrava hospitalizado por conta de um enfarte. Nela, o autor reflete pensamentos acerca ora da ética da / na arte, ora da estética da mesma. Entre risos e lágrimas, “Balada de um Palhaço” revela as camadas da condição humana, explorando temas como solidão, identidade e a busca por sentido na arte e vida. O embate entre Menelão e Bobo Plin transcende o conflito psicológico individual e trata de questões sociais ao abrir perspectivas para a libertação deste homem, até aqui fruto de seu meio e encarcerado pela sua condição social. Nesse confronto vemos personificados o ideal e a realidade, o desejo e a necessidade. No embate entre a tradição e a ruptura, Plínio Marcos nos brinda com os dois lados de problemáticas que afligem, na verdade, um mesmo personagem: o artista.
O grupo O Coletivo propõe uma performance e instalação cênica alinhada a uma leitura dramática, revisitando a obra com um olhar contemporâneo.